Lula abraçado com Luana durante a foto com candidatos em SP (Foto:Jorge Araújo/Folhapress)

Catia Seabra, de Brasília

Dois candidatos a prefeito provocaram ciúme ao se destacar durante sessão de fotos com ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Fernando Haddad (PT-SP) e Luana Ribeiro (PR-TO).

Alto, Haddad dominou a cena assim que chegou ao hotel onde aconteceram as sessões. Foi alvo de queixas, especialmente dos baixinhos. Um dos candidatos chegou a dizer que desapareceria numa foto ao lado de Haddad.

A candidata do PR à Prefeitura de Palmas, Luana Ribeiro, diz que se valeu de “jeitinho” para se aproximar de Lula em meio a tantos concorrentes.

Lançando os cabelos para os lados e com a mão nos ombros do ex-presidente, Luana fez Lula rir ao pedir um upgrade:

“Essa foto vai me ajudar muito. Mas sabe o que me ajudaria a vencer? Um video”, disse ela.

Os dois conversaram sobre a saúde do pai de Luana, senador João Ribeiro (PR-TO), e sobre a campanha.

“Ele disse que sou otimista”, lembrou ela.

Haddad ao lado de Lula em pose para foto com candidatos (Foto:Jorge Araújo/Folhapress)

Haddad e Serra (Foto: Gabo Morales/Zé Carlos Barreta/Folhapress)

Daniela Lima, de São Paulo

A campanha à Prefeitura de São Paulo começou a ganhar as ruas da cidade. Desde a última semana os candidatos deram início a atividades pelos bairros, já amparados por militantes e apoiadores, exibindo seus slogans e jingles de campanha.

As músicas usadas nas eleições são armas poderosas e podem marcar na cabeça do eleitor nome e propostas dos candidatos. Alguns jingles pegam tão forte que se tornam símbolo de um político, um partido ou uma época, como o “Lula lá”, que embala o PT desde o fim da década de 1980.

Nesta eleição, os principais candidatos já começaram a apresentar seus jingles aos eleitores. Líder nas pesquisas de intenção de voto, José Serra, candidato do PSDB apostou na remontagem de um dos hits da atualidade, a música “Eu Quero Tchu, Eu Quero Tchá”, e criou um jingle chiclete, curtinho e fácil de decorar.

Já o candidato que é considerado o principal adversário do tucano, o petista Fernando Haddad, investiu em um jingle mais longo, com uma roupagem de RAP e forte conteúdo político. A música é recheada de críticas veladas a Serra e prega a renovação na capital paulista.

Ouça os dois e compare: quem tem o melhor jingle da campanha paulistana?

Fernando Haddad

Somos feitos de concreto, pressa e amor

Detestamos o atraso, errar é um horror

Nosso bem é o trabalho, o trem é o saber

A fé é na alegria, a busca é o bem viver

O sol não espera, o tempo não cansa

São Paulo não faz graça, já pede mudança

Não quer mais do mesmo [já deu, mande lembrança]

Quer o novo, o de melhor, e já ganha confiança

Vem, São Paulo

Ah, Ah, Ah Haddad!

Um homem novo pra essa cidade

Ah, Ah, Ah Haddad!

Um tempo novo pra essa cidade

Muda a cor, muda o cara, renova o desbotado

Eu quero um cara bom, um cara novo ao nosso lado

Resolver problemas difíceis é com ele, você já viu

Mandou bem, nota mil, em São Paulo e no Brasil

Vem, São Paulo

(…)

José Serra

Eu quero Serra, eu quero já

Eu quero Serra já, eu quero Serra Já

É o prefeito ideal que essa cidade aprovou

A Zona Norte tá com o Serra, a Zona Leste e a Sul também

No centro na zona oeste não vai ter pra mais ninguém

então vem pro Serra Já, São Paulo inteira vai cantar

Eu quero Serra, eu quero já

Eu quero Serra já, eu quero Serra Já

Eu quero José Serra pra São Paulo avançar

Pra gente seguir em frente, pra crescer e prosperar

Sempre mais, sempre além, no Serra posso confiar

To com o Serra que é do bem, eu quero Serra, eu quero já

“Aos jornalistas!! ‘Não serei vive [vice] do Haddad’ Pronto falei”, escreveu.

Com a desistência de Erundina ontem, Haddad abriu novamente a corrida por um vice em sua chapa.

O PC do B, partido que petista tenta atrair para sua coligação, é um dos mais cotados para ocupar o posto. Mas, para isso acontecer, o partido precisa convencer Netinho a sair da disputa.

Reprodução do Twitter/@netinhoDpaula

Após deixar recados via imprensa na tarde de ontem de que poderia deixar a chapa de Haddad, a deputada federal Luiza Erundina chegou hoje à reunião com a cúpula do PSB já avisando que “queria sair”.

A desistência, confirmada hoje, acontece após Haddad firmar aliança com o PP de Paulo Maluf.

Apesar do petista afirmar que Erundina foi avisada do acordo com o ex-prefeito, a deputada não aceitou marchar ao lado de seu adversário histórico.

Fernando Haddad e Luiza Erundina em evento em que PSB anunciou apoio ao petista (Fabio Braga - 16.jun.2012/Folhapress)

Fernando Haddad tem agenda com parlamentares hoje e amanhã (Joel Silva - 31.mar.2012/Folhapress)

Pouco conhecido pelo eleitor e sem nunca ter disputado cargo eletivo, o pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, inicia a semana pós-Páscoa com encontros políticos.

Nesta segunda-feira, é esperado à noite na Câmara Municipal para a abertura seminário do PSB, partido que tenta atrair para sua chapa.

Na terça, o pré-candidato tem encontro marcado com deputados estaduais do seu partido na sala de reuniões da liderança petista na Assembleia Legislativa.

Segundo a assessoria da sigla, o assunto da reunião será atual conjuntura municipal. Em especial, transporte e mobilidade urbana.

Cotado para assumir a coordenação-geral da campanha do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) chamou o pré-candidato do PMDB, Gabriel Chalita, de “meu prefeito”, ao encontrá-lo nesta terça-feira (20) no corredor do Senado.

O abraço aconteceu logo depois de Vicente Cândido saber que seu relatório para a Lei Geral da Copa será alterado na Câmara.

“Fui enquadrado pela base aliada e pela bancada do meu partido”, lamentou Vicente Cândido, minutos antes de se deparar com Chalita.

Ao ver que o encontro fora testemunhado, Vicente Cândido brincou: “Não publica. Se não, o Haddad vai ficar nervoso”.

“Ele já não anda nervoso, né?”, ironizou Chalita, despedindo-se do deputado petista.

No sábado, Vicente Cândido foi convidado para assumir a coordenação de programa do comitê de Haddad. Mas recusou a oferta.

Chalita (de gravata azul) conversa com Marcos Pereira (à dir.), presidente do PRB, em Brasília (Foto: Divulgação/PRB)

Por Daniela Lima, de São Paulo

Pré-candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Gabriel Chalita procurou dirigentes do PRB na tarde desta terça-feira em busca de apoio.

O peemedebista tenta fortalecer sua candidatura e evitar que seu partido ceda às pressões petistas para uma eventual aliança encabeçada pelo ex-ministro Fernando Haddad.

O PRB também é cobiçado para integrar a chapa de Haddad e já sofreu investidas do ex-presidente Lula, principal articulador da candidatura do ex-ministro.

Até o momento, porém, o partido mantém a pré-candidatura de Celso Russomano.

A legenda é ligada à Igreja Universal, que vê com ressalvas a gestão do ex-ministro na Educação. Especificamente, o episódio envolvendo a produção de kits anti-homofobia que seriam distribuídos em escolas.

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (Foto: Folhapress)

Por Catia Seabra, de Brasília

Seguindo orientação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o comando nacional do PT vai investir na aliança com o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, do PSB. A ideia é condicionar o apoio a Lacerda à adesão do PSB à candidatura do ex-ministro Fernando Haddad em São Paulo.

A proposta foi discutida na reunião do PT nesta segunda-feira (27) em São Paulo. Para garantir o apoio do PSB a Haddad, a cúpula do PT vai debelar o movimento petista em favor da candidatura própria em Belo Horizonte.

Ontem, o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, telefonou para integrantes do partido convocando uma reunião na quarta-feira, quando deverá anunciar apoio do partido a Haddad.

Na reunião, o PT também avaliou a hipótese de lançar o senador Humberto Costa à Prefeitura de Recife.