Serra tem 38% de rejeição dos eleitores, segundo apontou o Datafolha; em 2008, Kassab tinha 31% antes do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio (Foto: Alessandro Shinoda – 12.mai.2012/Folhapress)

Daniela Lima, de São Paulo

A rejeição dos eleitores a José Serra (PSDB) tornou-se uma barreira histórica para o sucesso da candidatura do tucano à Prefeitura de São Paulo.

Desde 1992, quando as eleições municipais passaram a ter segundo turno, não há um candidato que tenha conseguido se eleger chegando às vésperas da propaganda eleitoral gratuita na TV com uma rejeição tão alta quanto a do tucano. Na última pesquisa Datafolha, o número de eleitores que dizem não votar em Serra de jeito nenhum chegou a 38%, o maior entre todos os candidatos.

O índice é alvo de preocupação na campanha, que aposta todas as suas fichas para derrubar a rejeição ao tucano no horário eleitoral. A propaganda de Serra está nas mãos do marqueteiro Luiz Gonzalez.

Em 2008, Gonzalez se deparou com cenário semelhante, mas menos grave. O hoje prefeito Gilberto Kassab chegou às vésperas da propaganda eleitoral com uma rejeição de 31%, e acabou eleito. O marqueteiro, parceiro histórico de Serra e seus aliados, acredita que pode repetir o feito nesta eleição, mesmo que o índice de Serra supere o que Kassab registrou há quatro anos.

A estratégia inicial dos tucanos passa por apresentar na TV uma prestação de contas detalhada de todas as obras e projetos realizados por Serra como prefeito e governador. A ideia é dar ainda um tom emocional à propaganda partidária, ressaltando uma “ligação afetiva” de Serra com a cidade, uma forma de atacar a tese de que ele abandonou São Paulo em 2006, quando deixou a prefeitura para assumir o governo do Estado.

O vídeo é uma animação e tem o Pelourinho como cenário de fundo. Além de bonecos de Dilma e Lula, avatares do governador Jaques Wagner, do candidato e de sua vice, Olívia Santana, encenam uma coreografia.

A letra também faz referências aos padrinhos políticos e a programas do governo federal, como Bolsa Família e o ProUni.

“Quem é que joga no time de Lula? Pellegrino. Quem é parceiro de Wagner e Dilma? Pellegrino.”

Assista:

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Rodrigo Vizeu, de São Paulo

O candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB) começou nesta quinta-feira (16) a distribuir adesivos com o mote de que seu padrinho político é o eleitor. Os adesivos vêm em versões masculina e feminina: “Eu sou padrinho de Celso Russomanno” ou “Eu sou madrinha de Celso Russomanno”.

Russomanno vem insistindo nessa tecla em contraposição a Fernando Haddad (PT), que tem como mentor da candidatura o ex-presidente Lula, e José Serra (PSDB), aliado do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e do governador Geraldo Alckmin (PSDB). O novo material de campanha chega às ruas às vésperas da entrada de Lula na campanha petista.

As pesquisas de intenção de voto mostram Russomanno mais forte em tradicionais redutos petistas, como as zonas leste e sul. Temendo perder votos com o ex-mandatário aparecendo ao lado de Haddad, o candidato do PRB passou a frequentar mais essas regiões. Tem dito ainda que o eleitor está cansado do PT e que é ele que realmente “representa o novo”.

Nesta quinta, em uma feira em Perdizes (zona oeste), Russomanno abordava os eleitores com o mote do adesivo: “Eu não tenho os padrinhos que os outros têm, como o Lula e o Alckmin. Então você vai ser a minha madrinha”.

Duas eleitoras que receberam os adesivos demonstraram não entender o significado político da expressão. “Mas você é madrinha dele mesmo?”, questionou uma. “Não, acho que é uma brincadeira deles”, respondeu a outra.

Serra é rodeado por crianças durante visita a feira (Foto: Joel Silva/Folhapress)

Paulo Gama, de São Paulo

José Serra passou por momentos opostos ao visitar uma feira da área de saúde nesta quinta-feira (16).

Enquanto foi rodeado por alunos de escolas municipais que tiraram fotos ao seu lado, os professores que acompanhavam as crianças se afastaram do candidato para criticá-lo a jornalistas.

“Ai meu Deus, que vergonha, não acredito que eles estão fazendo isso”, disse a responsável pela turma de uma escola de São Mateus, zona leste da capital. “Já xinguei, mas veio um pessoal da campanha dizer para ficar quieta.”

Nem todas as crianças sabiam quem é Serra — alguns arriscaram que o candidato era vereador, governador e até ex-presidente. “Fui mais para aparecer na TV”, disse uma aluna.

Questionado se era eleitor du tucano, um professor respondeu: “Já viu professor votar no Serra? Ele acabou com a gente. Vou dar N/S [não satisfatório] para quem aparecer com ele na TV”, brincou.

Dentro da feira, Serra adquiriu uma Hot Bag — almofada térmica que aquece sozinha, indicada para “tratamento de dores lombares, contusões, cólicas, dores reumáticas, torcicolos”. O modelo que Serra levou custa R$ 198.

Na saída, prometeu que em “2 ou 3 anos” todos os ônibus paulistanos serão adaptados para deficientes.

A cantora Rosanah Fienngo (Foto: Daniel Marenco/Folhapress)

Por Bruna Borges, de São Paulo

Candidata à vereadora no Rio, a cantora Rosanah Fienngo, famosa pelo refrão “Como uma deusa…”, rejuvenesceu se for levado em conta um dos documentos apresentados à Justiça Eleitoral no registro de sua candidatura.

Sua ficha de cadastro e seu RG indicam que ela nasceu em 1954. Pelo documento, a cantora tem então 58 anos.

Mas a cópia do CPF entregue ao TSE mostra que a candidata do PC do B à Câmara carioca tem 14 anos a menos.  Segundo o documento, ela nasceu em 1968.

RG apresentado ao TSE

CPF apresentado ao TSE (Foto: Reprodução)

Paulinho da Força em seu primeiro dia de campanha, durante caminhada no Brás, na região central de São Paulo (Foto: Karime Xavier/ Folhapress)

Se para alguns a campanha eleitoral é sinônimo de trabalho árduo e muita sola de sapato, o candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, Paulinho da Força, incluiu uma ‘pelada’ com amigos e um churrasco para tornar a busca por votos mais agrádavel.

Em sua agenda para os primeiros dias de campanha consta um jogo de futebol neste sábado e um almoço em um churrascaria na próxima segunda-feira (9).

O futebol, que acontece em um campo no bairro do Carrão, na zona leste, contará com um time de amigos de Paulinho contra um time amador, conhecido como Cobra.

Já o almoço será em uma churrascaria da zona sul da cidade e, de acordo com a campanha, terá a participação do ministro do Trabalho, Brizola Neto, também pedetista.

A marca foi comemorada pelo candidato à Prefeitura de São Paulo, que costuma usar a conta para criticar o governo federal, mas também para contar sobre seu dia a dia e se aproximar dos eleitores.

“Agora somos mais de 1 milhão aqui no Twitter. Agradeço a todos pela companhia e pelas sugestões. Vou continuar aqui!”, escreveu.

Natália Cancian, de São Paulo

A exemplo do que aconteceu em Recife, a cúpula petista decidiu intervir na disputa pela Prefeitura de Teresina e lançar a candidatura do senador Wellington Dias.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira e acontece após a base de apoio na cidade rachar.

O atual prefeito, Elmano Férrer (PTB), deve tentar a reeleição.

A decisão contraria acordo do PT local, que havia manifestado apoio à reeleição do prefeito. O PT nacional quer agora que o PTB aceite o posto de vice na chapa.

 O prefeito, contudo, já sinalizou que não retirará sua candidatura.

Caso haja recusa, a orientação do PT nacional é pela formação de uma chapa “pura”, com o deputado estadual Cícero Magalhães (PT) como vice.

O diretório municipal deve se reunir na quinta-feira para discutir o assunto –dois dias antes da convenção do partido, no sábado (30).

O presidente do PT em Teresina, Francisco Sales, diz que a mudança de planos ainda deve ser avaliada. “A recomendação da direção nacional tem peso político, mas os delegados têm autonomia”, afirma.

Em nota, o senador Wellington Dias diz que concordou com a decisão do PT nacional e que irá procurar o prefeito Ferrer e outros partidos para tentar manter a aliança.

“Não havendo acordo com o PTB, e reconheço que o prefeito Elmano Ferrer tem o legítimo direito de pleitear a candidatura, quero ouvir os demais partidos sobre a possibilidade de um acordo”, afirma.