Folhapress

Vera Magalhães, editora do “Painel”

O secretário municipal de Educação de São Paulo, Alexandre Schneider (PSD), vai deixar o cargo no dia 31. O auxiliar de Gilberto Kassab é um dos nomes que o prefeito apresentou como possíveis vices na chapa de José Serra (PSDB) à prefeitura da capital.

Ocupantes de cargos que são ordenadores de despesas têm até abril para se desincompatibilizar caso pretendam disputar eleições para o Legislativo — para o Executivo, o prazo é junho.

Schneider decidiu deixar o posto no fim do mês porque, caso não seja escolhido para vice, pode disputar uma cadeira na Câmara Municipal.

Ele deverá fazer uma viagem de 15 dias com a família antes que haja definição sobre seu futuro político.

Kassab deve abrir mão de outros secretários, como Eduardo Jorge (Meio Ambiente) para que fiquem à disposição da escolha de Serra para seu vice.

Os que não integrarem a chapa do tucano podem engrossar a chapa de candidatos a vereador do prefeito.

Daniela Lima, de São Paulo

Mais do que para alicerçar uma aliança entre o DEM e o PSDB nas eleições em São Paulo, a reunião patrocinada pelo governador Geraldo Alckmin, ontem, no Palácio dos Bandeirantes, serviu para explicitar qual é o nome que tem a preferência dele nas prévias tucanas.

Sempre moderado em suas declarações públicas, o governador não economizou nos gestos políticos. Protagonizou encontro entre dirigentes do DEM e o ex-governador José Serra, para discutir aberta e claramente uma aliança em torno da candidatura de Serra. Mais: fez isso dentro do Palácio dos Bandeirantes, às 17h.

Alckmin, que gosta de demonstrar cuidado em não misturar assuntos de governo com assuntos do partido, pediu apenas que o encontro ocorresse na área residencial do Palácio.

A predileção explícita do governador é um banho de água fria para os outros dois tucanos que disputam com Serra as prévias do PSDB, marcadas para 25 de março –o secretário estadual de Energia, José Aníbal, e o deputado federal Ricardo Tripoli.

Eles, até então, vinham pregando que Alckmin manteria isenção na disputa interna, mesmo cientes de que foi o governador um dos maiores artífices da candidatura de Serra à Prefeitura.

Por Daniela Lima, de São Paulo

O deputado Orlando Morando deixará a liderança do PSDB na Assembleia Legislativa. No cargo há um ano, ele, oficialmente, abandona o posto para se dedicar à equipe de coordenação da pré-campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo.

Nos bastidores, no entanto, aponta-se insatisfação do Palácio dos Bandeirantes com a atuação de Orlando como motivação de sua saída. Ainda não há consenso sobre o nome que assumirá a liderança da bancada tucana.