Folhapress
As prévias do PSDB paulistano, marcadas para 4 de março, viraram uma bomba-relógio para o partido desarmar.
Ou, nas palavras amargas de um tucano, “um mico de meio milhão de reais”.
Isso porque é cada vez menor o número dos dirigentes com algum poder no partido a acreditar que sairá do processo interno de escolha o candidato do partido a prefeito.
O sinal verde enviado por José Serra para o governador Geraldo Alckmin para criar as condições para que ele seja o candidato tucano mudou o cenário em São Paulo.
Ainda assim, ninguém sabe ao certo o que o partido deveria fazer. As teses mais propagandas são:
1. o partido realiza as prévias, que já estão marcadas, e depois convence o vencedor a abrir mão da candidatura em favor de Serra;
2. o melhor seria cancelar o processo, para evitar uma desmoralização da sigla. Neste caso, caberia a Alckmin convencer os quatro pré-candidatos a desistirem da disputa;
3. Há, ainda, aqueles que dizem que Serra deveria disputar internamente, algo considerado ridículo por quem acompanha a tradição tucana de decisões e conhece o ex-governador.
Os tucanos envolvidos diretamente na organização das prévias insistem em dizer que o processo está mantido, mas os próximos dias serão fundamentais para dizer se o PSDB vai preferir jogar R$ 500 mil –custo do processo– fora ou vai abortar a disputa antes do dia 4.