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Um dos clipes da campanha de TV do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, põe no liquidificador elementos da franquia da Disney “High School Musical”, do seriado teen “Glee” e do vídeo que celebrizou os curitibanos d’ A Banda Mais Bonita da Cidade.

A peça publicitária petista, de um minuto, mostra um jovem ator (que se veste de modo a camuflar pelo menos meia década de vida) cruzando o que parece ser um galpão de artes, onde se veem telas, grafite e pencas de adolescentes sorridentes e loucos para se juntarem ao coro itinerante puxado pelo trintão em pele de moleque.

A juventude que desfila pela tela é o suprassumo do “descolado”: exibe sua “nonchalance” metida em camisas camufladas pseudoindie, All Stars grã-finos, barba e cabelo calculadamente desgrenhados. A fotogenia do elenco, o clima “united colors of Benetton” e a candura do discurso (um dos inacreditáveis versos da música diz que “[Haddad] faz escola que é bom para a cachola”) são decalcados do já citado “High School Musical”, não por acaso criação da Disney.

Um pouco menos infantil, mas não necessariamente mais crível, é o seriado musical “Glee”, sucesso da TV americana dois ou três anos atrás, atualmente em franca queda por lá. De lá, o clipe de Haddad toma emprestado o mote do “tudo acaba em música e dança” e o mau hábito de escalar marmanjos para interpretar púberes em franca explosão hormonal –ok, haverá quem diga que “Malhação” abriu essa vereda mais de uma década atrás.

Por fim, a inserção petista lança mão de um expediente de edição empregado no ano passado no clipe “Oração”, d’ A Banda…, que causou furor na internet e impulsionou a carreira dos paranaenses. A ação é toda gravada em uma única tomada, no que se convencionou chamar no meio audiovisual de plano-sequência, ou seja, sem cortes, colagem de plano e contraplano, como normalmente se vê nos filmes e na TV.

Veja e compare.

Clipe da propaganda eleitoral de Haddad:

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High School Music:

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Glee:

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Banda Mais Bonita da Cidade:

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“Com muita alegria, nós vimos o Brasil chegar em sétimo lugar nas Paraolimpíadas de Londres, com 43 medalhas, logo atrás dos Estados Unidos. Foi um excelente resultado”, disse ele na abertura do programa.

O motivo, no entanto, foi para destacar ações voltadas para pessoas com deficiência que realizou quando prefeito e governador de São Paulo.

Ele lembrou que, em sua gestão na prefeitura, criou a primeira secretaria municipal para coordenar projetos para pessoas com deficiência, e que, quando governador, fez o mesmo no Estado.

“Avançamos em muitas áreas. Uma delas, em especial, me dá um enorme orgulho: a rede Lucy Montoro, que eu agora quero trazer também para a prefeitura”, disse o candidato em referência à instituição voltada para a reabilitação de pessoas com deficiência.

O programa mostrou ainda imagens e depoimentos de pessoas atendidas pela rede. Serra prometeu integrar a rede aos 34 núcleos de reabilitação da prefeitura, entre outras ações na área.

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Candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine parece ter sido mais uma vítima da violência da cidade.

Pelo Twitter, ela disse que teve sua moto furtada na madrugada de hoje no bairro da Pompeia (zona oeste).

“Resolvi sair de moto hj para ir mais rápido. E cadê minha moto? Levaram. Da porta de casa, Ta facinho”, escreveu a candidata.

“É uma bruta dor de cabeça, mas sabe o q é irrecuperavel? O caderno c um milhão de anotações q estava no baú. Ó dor”, completou Soninha.

Ela ainda divulgou pelo Facebook a placa da moto (EXF-2975) e o modelo (Kasinski CRZ 150 branca e vermelha). “Se vcs virem por aí, é minha!!”

Por Lucas Neves, de São Paulo

Esqueça a imagem sóbria, a cordialidade pudica que emoldura os retratos dos candidatos em panfletos e santinhos de campanha.

Um impresso distribuído nas entradas de algumas estações de metrô de São Paulo (e que também anda circulando em campi universitários) da capital traz cartuns dos seis principais nomes da disputa pelo governo municipal nus. A cobrir suas partes pudendas, só um ou outro adereço cênico ligado à biografia de cada um. Ah, sim, e austeras meias pretas nos pés.

É assim que, por exemplo, Paulinho da Força (PDT) se protege com um boné da central sindical que o projetou, a cicloativista Soninha Francine (PPS) posa com uma roda de bicicleta e o professor e ex-secretário da Educação Gabriel Chalita (PMDB) surge atrás de uma pilha de livros.

O “peep-show” eleitoral é ideia do roteirista de material pedagógico Leonardo Bastos, 29, que reuniu os desenhos no blog Nu de Meia e em mil panfletos que circulam pela cidade. Segundo descreve no blog, a ideia é antiga, mas nunca tinha tempo para colocá-la em prática. A edição com os políticos, por enquanto, é a única no blog.

Ele diz que o mote da “nudez de meia” veio da vontade de aliar “a sugestão de honestidade, entrega” da falta de roupas à “hipocrisia, falsidade” que a intrusão de uma peça de vestuário acrescenta a esse quadro. “É uma entrega, mas nem tanto. E também simboliza o ‘almofadinha’ que dorme de meia, a elite”, explica Bastos.

Além de Paulinho, Soninha e Chalita, ele pôs no papel um Celso Russomanno (PRB) que leva no colo a bandeira da cidade (“porque é um candidato tradicionalista, bairrista, de direita”) e a dupla Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) envolta em motivos florais, quase a sugerir um mar de rosas.

“É para mostrar que não existe rixa real entre eles, não há tanta diferença entre as propostas”, justifica. A única diferença é que o petista, 49, faz pose de galã, enquanto o tucano, 70, parece envelhecido, uma figura alquebrada.

“ESSE NÃO FUI EU QUE FIZ”

Há também “participações especiais” do nanico Levy Fidélix (PRTB), com menção ao indefectível aerotrem, e de Paulo Maluf (PP), exibindo o “figurino” despudorado “comme il faut”. A centímetros de Haddad (a quem apoia), o ex-prefeito acrescenta uma negativa a seu velho bordão e se esquiva: “Esse não fui eu que fiz”.

Em torno dos candidatos, há símbolos que entregam com diferentes graus de nitidez o que o desenhista pensa deles. Russomanno, por exemplo, tem a companhia de ratos. Atrás de Paulinho, há uma maleta que pode levar as ferramentas de um operário ou instrumentos de trabalho menos nobres.

Já Soninha pisa num canteiro em que chama a atenção uma planta de cannabis sativa –a candidata deu entrevista há alguns anos dizendo fumar maconha. E Bastos insere uma cruz na “biblioteca” de Chalita. O peemedebista é ligado à ala da renovação carismática da Igreja Católica.

Apesar dos comentários subliminares, o cartunista diz não ter candidato nessa eleição. “Normalmente, voto nulo. Com certeza não voto no Serra, nem no Russomanno, nem na Soninha. E provavelmente tampouco no Haddad”, despista.

Durante o debate promovido ontem pela Folha e RedeTV!, a candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, fez uma série de anotações e desenhos em uma folha de um relatório da Cetesp.

Encontrado pela repórter-fotográfica Marlene Bergamo, o papel mostra, além de indicações do que era debatido, o desenho de um palhaço. A dúvida que fica é: será referência a um dos adversários?

Suelen, a mulher Pêra, faz promessa ousada para conquistar votos

Com uma foto em pose ousada, de quatro, o número de urna desenhado nas nádegas, a candidata a uma vaga de vereadora Mulher Pêra lançou o que pode ser considerada a promessa de campanha mais ousada das eleições deste ano.

Ela promete mostrar seu piercing íntimo nas redes sociais caso seja eleita.

“Aqui a Foto Prometida com os 50 mil seguidores agora se eleita for mostro meu piercing intimo…me ajudem a chegar lá”, escreveu a dançarina na sua conta de Twitter, que exibe uma foto seminua como pano de fundo.

Edy Lopes, seu empresário e marido, diz ter ficado surpreendido com a estratégia nada convencional da mulher. “Ela é muito l-o-u-c-a”, disse à Folha, pausadamente, enquanto acabava  de ver a foto divulgada na intenet. “Vou pegar no pé dela por isso”, completou.

A tática da mulher fruta para conquistar o eleitorado (principalmente o masculino), também é usada em sua campanha pelas ruas, onde costuma desfilar pedindo votos com roupa justa e destacando farto decote.

Moda nos carros dos paulistanos nos dois últimos anos, os adesivos da “família feliz” ganharam versão eleitoral.

A campanha de José Serra começou a distribuir um modelo em que o tucano aparece em meio a um casal, dois filhos, um cachorro e um gato.

Foram feitos 50 mil exemplares. Todos, à exceção dos animais domésticos, levam o número do candidato no peito.

Serra tem 38% de rejeição dos eleitores, segundo apontou o Datafolha; em 2008, Kassab tinha 31% antes do horário eleitoral gratuito na TV e no rádio (Foto: Alessandro Shinoda – 12.mai.2012/Folhapress)

Daniela Lima, de São Paulo

A rejeição dos eleitores a José Serra (PSDB) tornou-se uma barreira histórica para o sucesso da candidatura do tucano à Prefeitura de São Paulo.

Desde 1992, quando as eleições municipais passaram a ter segundo turno, não há um candidato que tenha conseguido se eleger chegando às vésperas da propaganda eleitoral gratuita na TV com uma rejeição tão alta quanto a do tucano. Na última pesquisa Datafolha, o número de eleitores que dizem não votar em Serra de jeito nenhum chegou a 38%, o maior entre todos os candidatos.

O índice é alvo de preocupação na campanha, que aposta todas as suas fichas para derrubar a rejeição ao tucano no horário eleitoral. A propaganda de Serra está nas mãos do marqueteiro Luiz Gonzalez.

Em 2008, Gonzalez se deparou com cenário semelhante, mas menos grave. O hoje prefeito Gilberto Kassab chegou às vésperas da propaganda eleitoral com uma rejeição de 31%, e acabou eleito. O marqueteiro, parceiro histórico de Serra e seus aliados, acredita que pode repetir o feito nesta eleição, mesmo que o índice de Serra supere o que Kassab registrou há quatro anos.

A estratégia inicial dos tucanos passa por apresentar na TV uma prestação de contas detalhada de todas as obras e projetos realizados por Serra como prefeito e governador. A ideia é dar ainda um tom emocional à propaganda partidária, ressaltando uma “ligação afetiva” de Serra com a cidade, uma forma de atacar a tese de que ele abandonou São Paulo em 2006, quando deixou a prefeitura para assumir o governo do Estado.

O vídeo é uma animação e tem o Pelourinho como cenário de fundo. Além de bonecos de Dilma e Lula, avatares do governador Jaques Wagner, do candidato e de sua vice, Olívia Santana, encenam uma coreografia.

A letra também faz referências aos padrinhos políticos e a programas do governo federal, como Bolsa Família e o ProUni.

“Quem é que joga no time de Lula? Pellegrino. Quem é parceiro de Wagner e Dilma? Pellegrino.”

Assista:

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