Patrícia Britto, de São Paulo

Há cerca de um mês, candidatos a prefeito de São Paulo suaram a camisa num fim de semana ao iniciar encontros com cicloativistas. Do alto de suas ‘magrelas’, Fernando Haddad (PT), José Serra (PSDB), Gabriel Chalita (PMDB) e Celso Russomanno (PRB) foram cobrados por projetos de mobilidade para bicicletas na cidade.

Destes, apenas o tucano preferiu não assinar a “Carta de Compromisso com a Mobilidade por Bicicletas”, proposta pela Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo).

O documento pede que os candidatos a prefeito se comprometam com dez diretrizes sobre o uso de bicicletas na cidade, como a criação de um plano cicloviário e o aumento do orçamento municipal de transportes destinado à mobilidade por bicicletas.

A assessoria de imprensa de Serra informou que a campanha considera “inadequado encampar indiscriminadamente cartas de compromisso produzidas por entidades que representam demandas específicas de um segmento da sociedade –e não do seu conjunto”.

Acrescentou, ainda, que uma carta com as propostas do tucano para estimular o uso da bicicleta na cidade foi enviada à associação.

Além do Haddad, Chalita e Russomanno, Soninha Francie (PPS) e Carlos Giannazi (PSOL) assinaram o documento.

Segundo o diretor-geral da Ciclocidade, Thiago Benicchio, a carta de compromisso foi feita após uma pesquisa online que recebeu mais de mil respostas.

As maiores demandas dos entrevistados foram a fiscalização de motoristas e a criação de um plano cicloviário para a cidade, que trace uma rede de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas integradas.

Nas próximas semanas, a associação pretende elaborar outro documento para pedir o comprometimento dos candidatos a vereador com as demandas dos ciclistas.